quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Todo dia

Buscando. Encontrando. Fugindo. Ficando. Esperando. Esquecendo e lembrando. Aprendendo.
Todo dia. Um novo dia. Um velho dia. Dia de lutar. Dia de chorar. Dia de sofrer. Dia de lembrar. Dia de falar. Dia de sangrar. Todo dia.
Pra toda lembrança, outra lembrança. Pra cada certeza, uma incerteza.
É nessa vista que me apoio. Minha fonte de energia, minha revigoração. Meu jeito de ver. Minha opinião. Meu mar de paz. Meu sacrifício. Minha saudade. Meus pensamentos. Minha. Meu.
No vento, o cheiro daí vem pra cá. Todo dia.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Amor . Love . Amour . Liebe . 愛

Por que vocês deixaram de acreditar no amor? Por que um namoro de adolescência deu errado? Por que "ninguém" é confiável? Ou nunca acreditaram?
Eu vejo um pequeno animal e consigo enxergar amor. Eu vejo o renascer de cada dia e enxergo amor. Eu vejo uma troca de olhares entre um casal apaixonado, vejo um "andar de mãos dadas por aí", vejo um casal feliz fazendo nada juntos, vejo casais de idosos bebendo juntos... Eu enxergo o amor!
O amor não vai aparecer na sua porta. E também não vai aparecer no boteco só porque você está a procura. Parem de estragar o amor! O amor não funciona assim. O amor não vem sempre de uma paixão boba e gostosa. O amor vem. Apenas vem. E nunca mais se vai. Esse é o amor que eu acredito.
Talvez alguns retalhos devam ser feitos no decorrer de tantos anos para que realmente "vivam felizes para sempre". E juntos, o amor pode diminuir em algumas lágrimas de discórdia e renascer maior até mesmo quando você estiver desistindo. Eu acredito naquele amor em que eu ficarei velhinha vendo pôr-do-sol com meu velhinho, em que andarei de mãos dadas com ele pelo supermercado e que ele será meu companheiro das tatuagens.
Sim, eu acredito no amor verdadeiro e sou uma eterna apaixonada pelas coisas mais tontas da vida.

Esse foi meu cliché texto sobre o amor, após ter assistido ao filme Iris.

"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura" (Chaplin)

domingo, 4 de agosto de 2013

Enquanto o nada durou

Você chega com esses olhos cinzas dizendo que gosta de tudo que eu gosto, inclusive de mim. Pareceu adivinhar músicas, lugares e momentos que eu sempre amei. Chega com esses olhos pequenos e inocentes, me admira, faz-me ruborizar com um sorriso bobo e gostoso. Passo de novo. E de novo. Só pra te ver sorrir. Só pra sorrir com você. E pra você.
Todo quieto no seu cantinho, todo atrasado pra me dirigir a palavra, todo atrasado pra me olhar. Um rostinho de bebê e um jeitinho encantador, mas foi a timidez que me pirou.
Tantos olhares se passaram, seus olhares me encontraram, seus olhares finalmente me apaixonaram. E esse seu jeitinho ainda é uma incógnita. Sinto falta do abraço que nunca aconteceu. Ou do beijo. Sinto falta de ter te conhecido.
O tempo passou e terei que me ausentar. Algum dia, a gente se (re)encontra.
Eu vou sentir saudade. Eu sempre senti saudade.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Olhares dignos

Tenha a dignidade de me olhar nos olhos enquanto fala. De me olhar nos olhos enquanto me olha. De me olhar nos olhos enquanto me ouve. De me olhar nos olhos mesmo que não me esteja olhando.
Em um olhar, é possível sentir o caráter de cada um. É através dele que se percebe a sinceridade ou a falta dela. Não confio em quem não me olha nos olhos. Não confio em quem olha pra boca, nariz, peitos, pintas e paisagens; em quem mexe no cabelo, nas mãos, ou nas unhas; não são pessoas confiáveis, nem transparentes, eu juro. Algo elas têm a esconder (mesmo que seja amor).
É ali naquele pontinho brilhante que está tudo escrito, só é preciso saber ler. É aconchegante olhar pra pessoa amada e se sentir acalmado e também amado. Sentir-se bem é olhar até nos olhos de quem você não gosta e saber o quão transparente está sendo.
Os olhares conversam sem nada dizerem. A conexão estabelecida entre alguns faz com que se conheçam há anos apenas à primeira vista. Eles se entrecruzam e mudam vidas, começam histórias, terminam histórias, viram páginas ou ficam ali parados e indiferentes. Há olhares provocantes que deixam as bochechas rosadas, olhares apaixonantes que tiram sorrisos tímidos e bobos, olhares de soslaio e imperceptíveis... Há olhares indescritíveis, inesquecíveis e invisíveis. Como é bom olhar e enxergar, como é bom ter paixões de cinco minutos por pequenos olhares, como é bom (re)conhecer pessoas sensacionais por olhares.

Então, por favor, me olhe nos olhos com expressões fortemente honestas para que eu acredite que você é de verdade, pois olhares de mentira encontro todos os dias. Mas não se esqueça de me olhar nos olhos.


"Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente. Caso contrário, continuará uma máquina insensível que observa passivamente o desabar de tudo à sua volta." (José Saramago)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Desapego e muito apego

Houve um tempo em que eu sofri muito para abandonar velhos costumes. Foi difícil me desfazer de tantos sorrisos e hábitos encaixotados há anos, talvez a vida toda. Nunca imaginei que aquele casaco antigo que guardei com tanto carinho já havia se rasgado no tempo sem nem dizer adeus. Provavelmente ele nem tenha percebido o esforço que fiz para preservá-lo e mantê-lo longe dos retalhos.
E foi nesse tempo, no meio de tanta confusão, que notei a necessidade de desapegar e renovar. Vi que o guarda-roupas estava cheirando a mofo e poucas peças seriam salvas.
Salvei poucas e raras. E novas foram encontradas.
A faxina no guarda-roupas deixou a alma mais leve, com energia positiva e um ambiente encantador.
Sejam antigos ou recentes, maltrapilhos ou coisa fina, obrigada por estarem comigo em todas as estações do ano!
O tempo passa e nem sempre caminhamos todos juntos.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Qualé?

Quem disse que tem que ser assim? Foram as civilizações da antiguidade? Foram os grandes pensadores? Ou os fortes ditadores? E as raízes disso importam? Para quê estudamos tudo isso? É válida a resposta de "para não cometer os mesmos erros do passado"?
A sociedade foi estruturada errada naturalmente ou somos responsáveis por essa sujeira? Os lados opostos existem para haver ideias inovadoras ou para haver guerra? E a guerra amadurece? E o capitalismo é uma guerra? Nós vivemos em constante guerra?
De onde vêm nossos valores? De casa? Da escola? Do conflito interno? Da busca interna por melhorias? E da onde deveriam vir? Por que há pessoas boas e más? Como as índoles são construídas? Minha definição de bom caráter é a mesma que a sua? Moral e ética devem andar juntas? E quem impõe as regras? Deve haver regras? E se eu não concordar?
O tempo cura tudo mesmo? E o tempo muda tudo? E nós mudamos com o tempo? E o que é o tempo? De onde ele veio e pra onde ele nos leva? Há tempo depois do tempo? Quanto tempo nos resta? O que nos resta fazer?
Depois de agora, tem depois? E o que viemos fazer nessa bagunça? Botar ordem? Ou desordenar mais?
Estamos escrevendo nossa história ou deixando que alguém faça isso? Sem perceber, será que nos tornamos marionetes deles? "E quem são eles? Quem eles pensam que são?" É mais fácil fazer vista grossa e deixar virar uma bola de neve? Ou já é uma bola de neve gigante passando por cima de nossas cabeças? E cabeças vão rolar? Ou já estão rolando? E qual o nosso papel? Somos atores principais? Ou meros coadjuvantes?

A dúvida, a incerteza, o medo, a insegurança, a mentira, os desleais, a miséria... São, entre outras, coisas que diariamente nos fazem desacreditar em tudo (inclusive nós mesmos) que queremos provar dentro de nós ou, pelo menos, que gostaríamos.
E quem vai responder todas essas perguntas? É possível existir um lado certo?
Não há respostas. Mas sempre há, e deve haver, indagações.

Embora tudo leve a desistir, continue acreditando. E, por favor, duvide sempre. Pergunte mais. Eles precisam saber que nós existimos e estamos a postos. Estamos duvidando. De tudo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

É guerra

Foi dada a largada!
Cada um com o seu projeto. Cada qual no seu. Mas a proposta de mim para mim é: paciência. A corrida contra o tempo exige muita estratégia, jogada de marketing, interferências psicológicas e muita força de vontade. E a todo momento o fôlego acaba e a paciência fica sempre por um triz.
Se o jogo fosse fácil de vencer, não teria a menor graça, meu caro. O sistema é competitivo e as batalhas são diárias. Batalhas internas e surpreendentes. Seu maior inimigo não está te observando, nem procurando te ultrapassar; seu maior inimigo está perturbando sua mente a todo segundo, está querendo que você desista te fazendo sentir dores e mexendo com seu equilíbrio estável. E essa é a palavra-chave: equilíbrio.
Não deixe o equilíbrio se esvair, busque calma nas palavras, nos pensamentos, no raciocínio e a estabilidade da mente ficará garantida. Mente saudável, corpo também saudável. E a guerra não para. Nada para. Tem um tiroteio de informações acontecendo agora mesmo.
Busque, invista e insista. Cada lágrima derramada será recompensada. E acima de tudo: seja você mesmo, não passe por cima de ninguém, tenha ética, caráter e princípios.
Mais vale um derrotado de boa índole do que um vencedor traiçoeiro.