Que palavra esquisita essa tal de saudade. Ela pode carregar um fardo tão pesado que mal caberia aqui. Mas ela pode ser tão leve que um filhote de beija-flor a carregaria com imensa alegria.
Às vezes, ela é bastante serena e traz um pouco de paz lá de longe. Às vezes, ela perturba com uns zunidos e bastante dor lá de longe.
Certo dia, a saudade apareceu, tomou um café e se foi.
Certo dia, a saudade voltou com uma mala, passou as férias e se foi.
Depois de muito tempo, a saudade resolveu passar uma temporada e nunca mais foi embora.
É bom tê-la por perto pra lembrar o que fez bem e o que não se deve lembrar.
Essa saudade que esmaga a alma de tanta dor também a consola com muito amor.