segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Renove ontem

Outro dia me perguntaram se eu gostava do final de ano e fiquei pensando na resposta. Sei que prefiro reveillon a natal, sei que não gosto das luzes que piscam demais, sei que acho a historinha do papai noel absurda mesmo para uma criança, sei que as comidas dessa época são mais gostosas, sei que famílias se reencontram e sei que não sei se eu gosto dessa época. Às vezes gosto, às vezes não. Depende do referencial.

Sinto falsas boas energias: as pessoas acreditam que do dia 31 pro dia 1º a vida delas irá mudar, como ganhar na loteria ou encontrar o grande amor. Paradoxalmente, as pessoas tornam-se mais amigáveis. Mas ainda acho isso tudo muito falso moralismo. As pessoas deveriam tentar serem assim na essência e durante os 365 dias do ano. Deveriam começar a olhar e falar com sinceridade, deveriam amar mais, deveriam ser mais altruístas e mais respeitosas também.
Se realmente existe um espírito de renovação no final de ano, por que não usar desse espírito sempre? Por que esperar tanto tempo pra decidir mudar, viver, amar, sorrir, perdoar, ouvir e falar? Permita-se a renovação sempre, permita-se novas experiências todos os dias; não precisa esperar o final de ano pra desejar alegria ao próximo!

De qualquer forma, espero que tenham tido um bom 25/12, independente da religião, e já desejo meus votos para 2012: sucesso e renovação a cada dia!

Mas ainda continuo sem saber a resposta...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Imprevisível

Por um momento, ele esteve longe, sem um rumo ou objetivo. De repente, os melhores sorrisos foram-lhe dados, com direito a uma tequila e tacos de acompanhamento. E foram noites em claro, entre dvd's, amassos e, principalmente, o que ele costumava chamar de amor.
Foi crescendo, resolveu até fazer umas mudanças na vida, que tornou-se novamente organizada. Teve orgulho de ser chamado de homem outra vez e não apenas um garoto. E resolveu chamar-se de o homem mais feliz do mundo. Não foi porque correu atrás da alegria, mas por destino. Assim, ele viveu, batalhou, deu e ganhou presentes, surpreendeu e foi surpreendido, enviou e recebeu e-mail's de saudades. Enfim, foi um companheirismo mútuo, daqueles amores bem cafonas e clichês.
Mas como tudo tem um porém, ela decidiu deixá-lo. Sem motivo. Da mesma forma que o conheceu, decidiu abandoná-lo e quase nem levou consigo as lembranças. Eram tantas importantes na mente dele, mas para ela, ah para ela, era um mal necessário ter que fugir dessas lembranças.
Ele? Voltou a não ter um rumo e não perdeu a esperança de tê-la novamente, embora não a reconheça mais. E ela voltou para uma vida de algazarra, prostituição e muita bebedeira. Uns dizem que ela apenas quer chamar atenção dele e outros que ela sempre foi assim: imprevisível.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mais um!

Dezembro, natal, reveillon, votos de renovação, nostalgia e depressão: faz parte. Nosso ano inteiro vira um filme na nossa cabeça. Desde a virada anterior, como tudo mudou, ein? Como tudo chegou onde está? Será que fizemos algo bom durante 365 dias? Será que deixamos algo passar ileso, algo foi em vão ou fizemos realmente valer a pena?
Tanta coisa se passou, tantos dias que já esquecemos e outros que procuramos esquecer, porém permanecemos firmes na caminhada e duros na queda, já que foi assim que aprendemos que deve ser. Mentira! Puro blablablá da sociedade. Acabamos caindo milhões de vezes, no sentido figurado ou não, sentimos a dor do tombo e apenas fingimos que não passou de um arranhão, daqueles passageiros que não deixam cicatrizes. Mas a verdade é que sempre lembraremos dos anos que se passam, uns com mais importância e carinho, outros menos, mas NUNCA irrelevante! De qualquer forma, mínimos detalhes contribuem para um crescimento e amadurecimento. Até para aquela cicatriz persistente! O interessante disso tudo é terminar um ano, parar pra pensar em tudo que fez e deixou de fazer e ter a chance de um recomeço, de um perdão, de uma nova promessa pra depois, quem sabe, fazer algo diferente. Ou persistir naquilo que valha a pena, vai do gosto do freguês.

De fato, foi um ano sensacional. Mas com muita mudança. Muito entra-e-sai e muita saudade. Muita novidade, intensidade, ansiedade, novos sabores e odores. Muito "muito", entende? Mas o que seria da vida sem tantos advérbios e adjetivos? Tão sem graça, sem gosto e tão inexpressiva.

Pra terminar bem, me vê um jose cuervo que o resto a gente se garante.