quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Tem aquele que canta
Tem aquele que encanta
Mas tem aquele,
Especialmente aquele,
Que canta e encanta.

Me ganha.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

"Poeminha para salvar o mundo"

Que todos possam ver nos olhos da criança
O brilho inocente do amor.
A simplicidade que brilha, brilha sem dor.
Que descubram, na inocência, a esperança.

Que o mundo redescubra sua cor
E permaneça uma eterna criança.

domingo, 9 de novembro de 2014

Relato de uma estranha

Era um estranho. Chegou bagunçando a minha mesa, arrastando minha concentração e gritando. Não falou em voz alta, mas deixou bem claro. Nada fazia muito sentido, minha vista foi espiralizando-se e a sua voz era apenas um plano de fundo. Tudo se agitava cada vez mais e ninguém estava percebendo. Minha mente alertava-me, periodicamente, que isso já acontecera antes e eu precisava partir rapidamente. Fiquei curiosa. Naquela saudável confusão, acabei ficando. Quis descobrir. Fui apreciar as estrelas. Logo, conheci os caminhos iluminados. Tudo era vivo. Mas ainda nada fazia muito sentido. E essa era a melhor parte, dentre tantas outras indecifráveis. Decidi ficar de vez. Achei a melhor ideia.

O estranho, subitamente, calou-se, olhou pra mim, saiu caminhando e tudo ficou em silêncio novamente.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ali é mais um motivo.
Venta paz em silêncio,
O tempo para tão rápido
Que entorpece. Entorpece.

Ali é outro mundo,
Onde se faz a melodia
Sem história pra escrever;
Onde se tem plena alegria
E, fora dali, pode tudo perecer.

Mas ninguém se importa:
ali é só um momento
indizível e indivisível,
é só um sorriso passageiro.

sábado, 13 de setembro de 2014

Sonhou que estava vivo, amparado, amparando.
Sambando.
Sentiu a liberdade tocar-lhe o pelo
Fê-lo.
Com suas malas foi se mudando
Viu um mundo azul. Céu.
Sorriu.
Despertou para nuvens vazias
Enlouqueceu.
Esqueceu.

Efêmero.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Positividade

De todas as coisas doidas da vida, a que eu mais me surpreendo é o desapego. Ou a falta dele. É difícil imaginar viver sem algumas coisas ou pessoas. É difícil saber que algumas pessoas podem partir para sempre. Para sempre é muito tempo. Não dá pra aceitar. Mas por que viver para sempre por perto das pessoas é aceitável? Não deveríamos seguir em frente e conhecer novas pessoas? Aprendi que somos os bichos mais egoístas do mundo, queremos que as pessoas vivam para nós e por nós, gostamos de nos sentir confortavelmente amados e não queremos sair dessa zona. Mas a partir do momento que sentimos o amor, temos que o semear por aí e não guardar pra gente ou pra uma única pessoa. O mundo está com falta de amor, com falta de altruísmo e com excesso de apego. Apego material, apego tecnológico, apego pessoal. Apego. Não importa a que, ninguém quer se desapegar. É fácil ficar aqui onde estou escrevendo isso. Mas eu garanto que o amor está mais forte que nunca. Espalhar o amor não é banalizá-lo, é fortalecê-lo. Parem de guardar o amor, por favor.

Por aí, nós nos desapegamos, deixamos tudo seguir sua inércia com as melhores energias que temos e os reencontros acontecem nos sustos da vida.